O VINHO NOVO É O MELHOR
João 2. 1-10
“Tendo o mestre-sala provado a água transformada em vinho (não sabendo donde viera, se bem que o sabiam os serventes que haviam tirado a água), chamou o noivo e lhe disse: Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente, servem o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora.”
Vamos à festa. Tudo parecia correr bem. Os convivas divertiam-se rindo pelos cantos da casa, a música alegre continuava a tocar e a sua melodia embalava a todos. Até que Maria recebe uma triste notícia: “acabou-se o vinho”. Do ponto de vista judaico da época, em uma festa de casamento, que podia durar até sete dias, podia faltar qualquer coisa, menos vinho, pois tal fato era extremamente embaraçoso para a família dos noivos.
Sabemos que vinho na bíblia é símbolo de alegria. Faltar vinho significava faltar alegria. E festa sem alegria não tem graça. Casamento sem contentamento não vale a pena. Vida Sem Cristo é vazia.
Mas estava na festa o único capaz de resolver o problema. E resolveu. Mandou encher de água seis talhas que os Judeus usavam em rituais de purificação. Depois de Cheias mandou que as levassem ao mestre sala. Este quando provou sentiu o sabor do melhor vinho que já havia provado e exclamou: “Todos costumam servir primeiro o vinho bom e, depois que os convidados já beberam muito, servem o vinho comum. Mas você guardou até agora o melhor vinho”.
Podemos tirar pelo menos duas lições dessa passagem bíblica para nós.
A primeira que enxergamos claramente é a de que os recursos humanos não são suficientes para manter a alegria até o fim da festa, entendendo a festa como se fosse todos os dias das nossas vidas.
A festa caminhava bem, todos se alegravam, mas de repente a alegria estanca. É o que acontece com pessoas que tinham tudo para estarem alegres, pois já conquistaram tudo que projetaram. Têm dinheiro, amigos, família, saúde e sucesso, mas quando olham para dentro de si não vêem outra coisa se não a tristeza e a falta de sentido para a vida. É como se o vinho tivesse acabado antes da festa terminar.
A outra realidade gritante que se descortina diante dos nossos olhos ao estudarmos o texto é a de que a religião também não garante contentamento algum. Havia seis talhas que eram usadas em rituais religiosos. Mas não havia nada dentro delas. Os vasos estavam perfeitos, mas não havia conteúdo. A religião engana as pessoas. Prometem o que não podem cumprir. Prometem alegria, mas ninguém consegue ser feliz carregando fardos pesados.
Mas, lembremo-nos. O Filho de Deus estava presente. E a sua presença é garantia de contentamento. O Mestre é especialista em colocar festa na vida e júbilo na religião. Ele enche o vaso com vinho dos bons.
Ele quer nos embebedar com a alegria do Espírito Santo. Deseja que sua vida seja cheia de sua presença. A maior alegria dele é nos livrar da religião sem vida. Quer que a nossa vida seja cheia de sua presença. Ele quer encher a nossa vida de festa.
Com cristo presente, o milagre aconteceu, a festa continuou. O melhor ficou para o final. O vinho novo é a celebração da graça, do amor e das misericórdias do Senhor sobre as nossas vidas. Quando deixamos a nossa vida por conta do Filho de Deus, cada dia que passa, a vida vai ficando melhor, como o vinho.
Talvez o vinho tenha acabado para você. Quem sabe, o seu casamento tenha falido ou não haja nenhum prazer na vida. Talvez você esteja cansado da religião. Ouça o que o Senhor nos fala e redescubra o prazer de levantar da cama, reconquiste o direito de dormir em paz, a alegria.
O texto nos fala que os funcionários da casa obedeceram ao Senhor e colocaram a palavra em prática. Depois disso o milagre aconteceu. O amor de Deus se manifestou sobre todos os presentes. Ninguém pagou o vinho. Veio de graça. Coloque em prática a palavra do Senhor e usufrua de todos os benefícios da graça de cristo.
Pr. Silas Menezes.
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